sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Porque ter um blog?

Já me fiz esta pergunta algumas vezes. Agora que estava reorganizando o blog comecei a pensar seriamente nisso. Principalmente depois do comentário do Joza (tive que procurar no dicionário o significado de epifania o que me deixou ainda mais confuso).

Porque eu estou aqui, escrevendo para um público mínimo, que eu não conheço, quando poderia estar em um boteco ou loja de pesca tomando uma cerveja e conversando com pessoas reais? (é uma pergunta retórica, quem me conhece favor não responder).

Muitos usam o chavão "escrevo pra exorcizar demônios". Quer exorcizar demônios então vá à alguma igreja dessas tantas que existem por aí.

Pior ainda são os que argumentam "escrevo pra mim mesmo", então não coloque mais lixo na internet, salva isso em casa. Ou melhor usa um caderno e caneta, assim nem gasta com o computador e pode escrever em qualquer lugar, até no banheiro, onde deveriam estar 90% dos blogs do mundo.

O fato é que comecei a escrever porque queria dizer algumas coisas relacionadas à pesca e nos fóruns sempre tinha algum babaca que desvirtuava o assunto ou pior, fazia algum comentário infeliz que gerava discussões inúteis. Se você leu este blog desde o começo já deve ter visto que vários assuntos tratados aqui são polêmicos e que num fórum renderiam respostas e mais respostas, muitas delas inúteis, mal educadas e idiotas.

Conheço uma pessoa que virou pro-blogger, devido à qualidade dos seus textos. Mas este não é meu objetivo. Muito menos ganhar com publicidade, na real, pra ganhar os primeiros 100 reais (só pagam a partir de um valor x) só com site de pornografia.

Poderia começar a escrever sobre algo que sei fazer bem e, quem sabe, futuramente isso possa ter algum retorno. Mas o que eu sei fazer bem?
1. Criticar, achar defeitos, sugerir melhorias.
2. Geoprocessamento, que é o mais ligado à minha formação mas que devido o meu emprego não venho executando do jeito que gostaria.

Então... sem concluir nada, vou terminar a minha cerveja, trocar de roupa e ir para o ponto de ônibus, pois daqui a pouco tenho um compromisso e estou sem carro e já demorei demais e corro o risco de perder o ônibus, escrevendo não sei pra quem.

Um ótimo fim de semana para todos os que por ventura acabem lendo isto.

domingo, 19 de outubro de 2008

Alternativo, genérico, similar ou novo?

O termo material alternativo foi criado pelos primeiros atadores tupiniquins, que não encontravam o material específico de atado e, com o bom jeitinho brasileiro, improvisavam com outros materiais. Se isso acontecesse hoje em dia certamente seria chamado de material genérico. Depois da regulamentação dos medicamentos genéricos, o termo "genérico" passou a ser usado indistintamente para similares, piratas, cópias e outros que se parecem com algo tido como original.

Já falamos um pouco sobre o assunto antes, primeiro sobre o uso de materiais de fantasia e depois sobre o uso de fio de cobre. Mas eu penso que já está na hora de fazer uma distinção entre: alternativo, genérico, similar e novo. Pra mim muito do que é chamado de alternativo é na verdade similar ou genérico. Ou seja é o mesmo "ingrediente" mas não necessariamente o mesmo produto.

O marabou, penas muito usadas para atar as famosas wooly buggers, pode ser substituído pelo marabou encontrado em lojas de armarinho, festas ou fantasias, na forma de estolas de penas, que também é marabou, mas são penas de qualidade incompatível com as para atado. Neste caso, acho que poderíamos chamar de similar, embora seja o mesmo "ingrediente", o resultado não vai ser o mesmo.



Para os genéricos se espera o mesmo efeito do original. Já falamos sobre o fio de cobre de transformadores, um verdadeiro genérico, outro exemplo poderiam ser as penas de pavão, também encontradas em lojas de armarinho, fantasias e festas. Neste caso, na maioria das vezes a diferença será mínima, praticamente imperceptível. Este eu classificaria como material genérico. Se bem que é mais fácil e barato (outra hora explico as contas) comprar um pacote de fibras de pavão selecionadas do que comprar uma pena e ficar escolhendo fibra por fibra.



Outra hora escrevo sobre o que eu considero alternativo de verdade e o que seriam os materiais novos, senão o post fica longo demais e assim também eu me obrigo a atualizar o blog.