segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Delivery

Além de considerar o restaurante do peixe, temos que considerar por onde a comida passa.

É como se fosse um delivery.

Imagine um poço fundo no leito de um rio, de uns 2 metros de profundidade, a comida (seja inseto, seja peixe, seja crustáceo) além de poder estar por todos os lados também pode estar em toda a coluna da água.
No fim do poço, onde começa a ficar raso, a coluna de água diminui para uns 50, 30 ou até menos, centímetros. Neste lugar caçar fica muito mais fácil, é só ficar ali esperando a comida que vem acompanhando a correnteza, às vezes indo um pouco para um lado ou para o outro, é como andar em uma praça de alimentação, sem ter que subir e afundar a todo o instante, o que seria tão trabalhoso como procurar uma lanchonete em um prédio de em 20 andares.

Outro exemplo seria um trecho onde o rio se estreita repentinamente, os insetos, os peixinhos e camarõezinhos que são carregados pela correnteza vão passar por ali com certeza.

É o fast-food ictiológico.

Estes exemplos podem (mas nem sempre) ser válidos para peixes como saicangas, jacundás (nhácundás), trutas e outros predadores.

Porém cada qual com seu hábito peculiar.
Os lambaris são um caso à parte, predadores vorazes adaptados para caçar em qualquer situação. Estão me fascinando cada vez mais agora que pesco com mosca. Tanto que é bem possível que a próxima aquisição seja um conjunto #3 ou #2.

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