segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Não sabe não se meta.

Recentemente questionaram a minha experiência em um assunto (não foi sobre pesca e não vou detalhar o ocorrido), disseram que a minha experiência não era suficiente para falar sobre tal coisa.

Até agora (ainda bem) ninguém veio, me atormentar sobre a minha (pouca) experiência no fly.

Mas, já prevendo que isso vai acontecer, vou explanar como começou a minha experiência (não o meu primeiro contato) na pesca com mosca.

Em maio de 2005 conheci o grande pescador, e que viria a se tornar um grande amigo, Rubens Gomes (ou Gorben como ele gosta).


Na época o Rubens era empresário, e podia fazer seus horários, então ele começava a trabalhar às 5 da manhã (às vezes antes) para poder parar as 15 horas e ir pescar. No meu trabalho estava com horário especial, das 8 da manhã às 14 horas.

Então quase que diariamente, nos encontrávamos às 14:30 (tempo para eu chegar em casa, almoçar e pegar a tralha) e íamos pescar.

Esta rotina se estendeu por cerca de um ano e meio, até a ida do Rubão para Portugal onde mora hoje.

O Rubens só pesca de fly e eu só pescava de bait (cheguei a tentar o fly, mas não vingou naquela época).

Então de 4 a 6 vezes por semana, de duas (no inverno) a 6 horas (no verão), durante um ano e meio eu tive contato com a pesca com mosca. E ainda por cima com um grande pescador.

Conversávamos muito sobre técnicas, táticas, equipamentos, clima, solo, vegetação, insetos, peixes, enfim tudo.

Eu era um pescador com mosca "passivo" (assim como quando sentamos ao lado de um fumante).

Aprendi tanto com o Rubens, que quando realmente fui começar a pescar com fly há uns 6 meses atrás (meu segundo equipamento, pois o primeiro eu não gostei e vendi pra não desistir de pescar no futuro), era como se já fizesse aquilo há muito tempo.

Óbvio tinha que me acostumar com o equipamento, com os movimentos, com o tempo da linha, mas o essencial: saber onde lançar a isca, conhecer vários tipos de iscas, entender a diferença da numeração de equipamentos, as variações de líderes, enfim, eu sabia um pouco de tudo. E isso me facilitou muito na hora que comecei a pescar na prática, era como se já praticasse esta modalidade há mais de 1,5 anos.

Pena que agora meu amigo vive do outro lado do Atlântico e ainda não fizemos uma pescaria só de fly juntos. Agora quando pesco é como se reencontrasse meu antigo parceiro de pesca, por vezes parece que ouço a sua voz e seus comentários sobre onde o peixe deve estar por causa da cor da água, da luminosidade do dia, dos insetos que estão eclodindo...

Mas sei que em breve nos encontraremos, ou aqui em águas Joinvilenses para pescar algumas saicangas ou em Portugal para que eu possa aprender ainda mais com o Rubens que está se tornando cada vez mais um excelente atador e pescador (principalmente de trutas e achigãs).

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