sábado, 22 de dezembro de 2007

Exemplificando o post anterior.

Na pesca do robalo no mangue, por exemplo, é fundamental conhecer os pesqueiros, vão existir várias estruturas, mas não vai ter peixe em todas. Neste caso, geralmente pesca-se diversas vezes, em diversas marés, até ir aprendendo qual galhada é boa, em qual maré, em qual hora do dia e qual é a isca boa pra este lugar.

Descobrir estes fatores não é muito difícil, basta ter tempo de fazer umas 5 pescarias no mesmo rio pra começar a entender.

Só que no fly, na pescaria de vadeio, é outra história, você não vai conseguir andar longos trechos do rio explorando todos os pontos até descobrir qual é o melhor. Bom, até consegue mas vai demorar.

E se você não pode pescar sempre ou só pode fazer pescarias curtas, vai ser bem mais produtivo saber onde arremessar do que fazer um pente-fino no rio.

Antes que isso fique muito longo, 2 exemplos:

  1. Minha primeira pescaria de fly em ambiente natural: peguei 3 saicangas grandes em 2 horas de pescaria. Na segunda, também 2 horas, 4 peixes. Na terceira, 5 horas uns 10 peixes. Eu não sabia arremessar direito, meu equipamento não é top, minhas iscas não são lindas. Como consegui? Eu sabia onde arremessar, qual estrutura era boa e qual não era.

  1. Um amigo que está começando no fly veio pescar comigo, primeiro dia, nada de pescaria, só arremessos. 2º dia, primeira pescaria dele de fly em ambiente natural: vários lambaris, algumas saicangas e um robalinho. Como ele conseguiu? Não perdeu tempo em locais que aos nossos olhos eram bonitos e prováveis de ter peixe (mas não aos olhos do peixe)

Pescar é saber ler o rio, ler o rio é (tentar e conseguir) vê-lo com os olhos do peixe.

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